Quem está dando os primeiros passos no mundo acadêmico logo se depara com um nome que parece saído de um romance francês: currículo CNPq. Mas, por trás do nome elegante, o que está mesmo é uma ferramenta quase obrigatória para quem quer estudar, pesquisar, ensinar ou conquistar uma vaguinha numa bolsa científica.
E não, ele não é só um currículo “bonitinho”. O currículo CNPq é, na real, o seu passaporte para muita coisa séria: iniciar um projeto de pesquisa, conseguir uma bolsa de iniciação científica, participar de um congresso, entrar no mestrado ou no doutorado, ou mostrar que você tem bagagem acadêmica e não está ali só de passagem. Vem com o Manual da Web entender mais sobre ele.
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O que é o currículo CNPq e para que ele serve?
Antes de sair clicando em tudo na plataforma Lattes, vale entender o que esse tal de currículo CNPq representa.
Ele foi criado pelo CNPq (Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico) e virou o formato oficial de apresentação da vida acadêmica no Brasil. Mas não é só para quem tem doutorado, não.
Desde a graduação, muita gente já começa a montar o currículo na plataforma, principalmente para mostrar participação em iniciação científica, extensão, monitoria ou estágios. Funciona como um cartão de visitas da sua carreira na educação.
Além disso, o Lattes é um banco de dados gigantesco, usado por universidades, institutos de pesquisa, agências de fomento e até por professores orientadores para encontrar talentos e montar equipes. Ou seja, é vitrine também.
Como criar sua conta na Plataforma Lattes
Hora de abrir caminho! Para montar seu currículo CNPq, tudo começa no site oficial da Plataforma Lattes.
O ideal é fazer isso num computador, pois a versão mobile funciona, mas não colabora muito na hora de preencher os dados.
Aonde ir? Acesse o site clicando aqui, na lateral direita da tela, você vai ver a seção “Acesso Direto”. Clique em “Cadastrar novo currículo”. É o terceiro item da lista.
Pronto. Agora vem a parte de digitar. Mas, calma, não precisa correr. O sistema salva seus dados, e você pode continuar depois, sem pânico.
Passo a passo para preencher seu currículo no CNPq
Preencher o currículo CNPq pode parecer uma maratona, mas é só uma caminhada com algumas paradas estratégicas. Bora por partes.
Dados iniciais
Preencha país de origem, e-mail e crie uma senha. Isso já abre seu cadastro. Depois, você vai precisar colocar informações pessoais.
Aí entram nome completo, data de nascimento, nome da mãe, CPF, RG… e uma fotinha de perfil (capriche na formalidade, nada de selfie de Réveillon).
Endereço e contato
Pode ser o residencial ou o profissional, o que fizer mais sentido para sua trajetória.
Formação acadêmica e atuação profissional
Desde o ensino médio técnico até o doutorado, registre tudo. Inclua também o título de monografias, TCCs, dissertações ou teses.
Depois, coloque sua atuação profissional. Nele, entra estágio, emprego fixo, participação em grupos de pesquisa… tudo com datas, cargo e tipo de vínculo.
Área de atuação e idiomas
Você escolhe uma área principal (como Saúde, Ciências Humanas, Exatas…) e depois especifica subáreas. Marque os idiomas que domina e classifique seu nível em leitura, escrita, fala e compreensão.
Finalizar e revisar
Antes de enviar, revise tudo com carinho. Informações erradas podem gerar confusão depois e tudo vai ficar público, então vale revisar bem.
Quais dados acadêmicos e profissionais adicionar
Não é só colocar diploma e emprego, não. O currículo CNPq é bem detalhista, no bom sentido. Ele permite incluir:
- Participações em congressos, seminários, simpósios;
- Publicações (artigos, resumos, livros, capítulos…);
- Monitorias e projetos de extensão;
- Premiações e menções honrosas;
- Bolsas que já tenha recebido;
- Produções técnicas (como desenvolvimento de software ou patentes).
Quanto mais completo, melhor. Mas sem exagerar: só o que realmente for relevante.
Como atualizar seu currículo sempre que precisar
Boa notícia: o currículo CNPq não é estático. Ele pode (e deve!) ser atualizado sempre que surgir algo novo na sua trajetória. Conseguiu uma bolsa? Publicou artigo? Fez um minicurso? Entra lá e atualiza.
Não tem um prazo certo para isso, mas a dica é não deixar acumular. Quanto mais fresco o conteúdo, melhor sua visibilidade.
Ah, e não precisa criar outro currículo do zero. É só acessar a plataforma com seu login e senha e editar.
Como exportar ou imprimir seu currículo Lattes
Quer mandar para alguém por e-mail? Anexar na inscrição de uma vaga? Apresentar na entrevista de um programa? Sem problemas! Na própria plataforma, você encontra a opção de “Gerar PDF”.
É ali que você exporta uma versão pronta do seu currículo CNPq, com todos os dados organizados no formato oficial.
Dá para escolher se quer imprimir com ou sem foto, e também selecionar o idioma. Tudo mastigado para facilitar.
Dúvidas comuns de quem está criando o Lattes pela primeira vez
Agora, algumas dúvidas bem comuns que todos têm no momento da criação do currículo CNPq. Vou te mostrar!
Posso cadastrar meu currículo sem estar em uma faculdade?
Pode, sim. Qualquer pessoa pode ter um currículo CNPq. Ele é mais vantajoso para quem está ou quer estar na vida acadêmica, mas o acesso é livre.
É possível usar o celular para preencher?
Dá, mas não é o mais indicado. Algumas seções ficam difíceis de visualizar no celular, então é melhor usar computador ou notebook.
E se eu errar alguma informação?
Sem crise. Basta fazer login na plataforma e corrigir. Depois de atualizar, a nova versão já fica visível.
Precisa pagar para usar o Lattes?
Nada. Tudo é gratuito: cadastro, edição, atualização, exportação. Não tem taxa nenhuma.
Mais do que um currículo, um trampolim
Montar o currículo CNPq é abrir uma porta para o mundo acadêmico enxergar você com outros olhos, como alguém que estuda, pesquisa, ensina e compartilha.
E é um documento vivo. Vai crescendo com você, amadurecendo junto com a sua trajetória.
Então, bora criar com calma, atualizar com frequência e deixar ele sempre prontinho para aquela próxima oportunidade que pode aparecer.
