Quanto mais cedo diagnosticado, melhor é para crianças do espectro autista. Isso porque ela vai receber os estímulos certos e pode se desenvolver muito bem e ter menos impacto na vida, principalmente na fase adulta.
Se você tem contato com uma criança do espectro autista, o Manual da Web vai te indicar hoje um aplicativo que pode te ajudar a firmar laços com mais facilidade, além de ser educativo e estimulante para os pequenos. Vamos lá?
4.1/5
O que é e como funciona o aplicativo ABC Autismo?
Este aplicativo é um grande desafio para crianças do espectro autista. Disponível apenas para Android, ele traz atividades que ensinam e estimulam o desenvolvimento da criança.
O app foi desenvolvido apoiado no método TEACCH (Tratamento e Educação para Autistas e Crianças com déficits relacionados à Comunicação).
São 40 atividades para auxiliar na comunicação, alfabetização e atividades do método e 4 níveis de dificuldade.
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O que é o método TEACCH?
Este método tem como principal objetivo fazer com que a criança do espectro autista se desenvolva ao ponto de chegar à idade adulta o mais independente possível.
Este método leva em consideração que autistas são aprendizes visuais e usam desta informação para ensinar as crianças.
Atividades disponíveis para crianças do espectro autista
Dentro do aplicativo existem algumas atividades como ordenar as letras para formar palavras, e encaixar elementos dentro dos lugares que eles pertencem.
Tudo muito colorido e intuitivo. Os usuários parecem gostar bastante.
O que os usuários falam do app?
Por mais que o app seja destinado à criança do espectro autista, ela sempre usa acompanhada de um responsável e é deles que pegaremos as opiniões.
O aplicativo é muito elogiado, principalmente, pois além de ensinar é uma maneira de aproximação entre a criança do espectro autista e o adulto.
Qual a diferença entre autismo e transtorno do espectro autista?
Desde 2022 na última atualização do DSM-5 não há mais a determinação de autismo como era antes. Hoje ele é chamado de TEA, ou Transtorno do Espectro Autista.
Isso porque antes, autismo, síndrome de Asperger, transtorno invasivo do desenvolvimento e transtorno desintegrativo da infância, eram considerados CIDs diferentes e hoje estão dentro do espectro.
Alguns especialistas acreditam, ainda, que há muitas outras nuances a serem especificadas no espectro. Mas hoje, podemos dizer que não há diferença entre estas duas classificações.
Por que vemos mais autistas hoje em dia?
Talvez você já tenha se feito essa pergunta, afinal 1 em cada 36 crianças está no espectro autista. E, a primeira resposta está longe de qualquer teoria da conspiração.
Hoje temos acesso a diagnóstico e informação. Nos anos 90, quando eu era criança, não se levava os filhos ao psicólogo ou algo assim e se o fizesse, era velado.
Além disso, as pessoas hoje falam sobre seu diagnóstico com os outros e alertam sobre quem pode ter o mesmo transtorno. Afinal, autistas sempre existiram, mas nem sempre eles souberam.
Quem está na fase adulta, se procurar bem, pode encontrar algum colega de escola com diagnóstico tardio de TEA.
Também precisamos dar crédito aos profissionais, que aperfeiçoaram as técnicas e conseguem identificar com mais facilidade crianças do espectro autista.
Sinais que meu filho pode estar no espectro
Se você tem uma desconfiança de que seu filho ou filha possa ter TEA, recomendamos que busque ajuda especializada. Um psicólogo ou psiquiatra infantil são os mais indicados.
E fique atento aos sinais:
- Ao mamar o bebê evita contato visual com a mãe;
- Atraso de fala;
- Tem dificuldade para se comunicar e interagir;
- Padrões de comportamento repetitivo;
- Dificuldade de transições;
- Pouco ou nenhum uso da comunicação não verbal;
- Apego a objetos;
- Não imitam;
- Não atendem quando chamadas.
Logicamente, apenas um especialista pode fechar o diagnóstico. Porém, ressaltamos que quando mais cedo este for feito, melhor será para a criança.
Quais terapias uma criança autista precisa?
As terapias indicadas envolvem equipes multidisciplinares e são relacionadas ao nível de suporte que a criança precisa.
Mas, geralmente são estas as necessárias:
Terapia Comportamental (ABA)
São as mais indicadas pela OMS, aplica os princípios da aprendizagem com base no comportamento.
Fonoaudiologia
Terapia para melhorar a condição oral da criança, escrita, voz, audição e equilíbrio.
Terapia ocupacional
Ajudam na autonomia da criança e melhor adaptação na vida social.
Além dessas, acompanhamento pedagógico personalizado, fisioterapia e atividades físicas são recomendadas.
4.1/5
Baixe o app e uso seu filho
Esperamos que você e sua criança se divirtam muito com este app! E que ele consiga quebrar barreiras de comunicação.
Agora que você sabe um pouco mais sobre o mundo do TEA, que tal acompanhar outros artigos do nosso site?