Vai viajar para os Estados Unidos e quer levar seu pet junto na aventura? Antes de fazer as malas (e as patinhas entrarem na caixinha de transporte), é preciso entender como funciona o tal do CVI EUA. Esse certificado é o ponto para garantir que seu cão ou gato possa embarcar legalmente com você rumo à terra do Tio Sam.
E por mais que o processo envolva algumas etapas burocráticas, dá para resolver tudo de forma organizada, com um pouquinho de planejamento e atenção aos prazos. Aqui, com o Manual da Web, o foco é facilitar tudo isso. Bora entender como emitir o CVI EUA, quais são os documentos obrigatórios e o que fazer quando o pet não consegue embarcar. Sim, tem dica até para esses casos!
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O que é o CVI EUA?
O CVI EUA é a sigla para Certificado Veterinário Internacional, o documento que comprova que seu pet está saudável e cumpre todas as exigências sanitárias dos Estados Unidos.
Ele funciona como um passaporte veterinário temporário, exigido na entrada do país, tanto para cães quanto para gatos.
Emitido por um Auditor Fiscal Federal Agropecuário vinculado ao Ministério da Agricultura e Pecuária (MAPA), esse certificado é obrigatório para o ingresso legal de animais de estimação no território americano.
Sem ele, o embarque pode ser negado ainda no Brasil, ou o pet pode ser barrado na imigração americana. E a gente sabe: perrengue de aeroporto já é tenso, imagina com um pet no colo.
Quais pets precisam do CVI para viajar aos Estados Unidos
Nem todo animal doméstico entra na regra, mas os mais comuns sim. O CVI EUA é exigido para cães e gatos.
Outras espécies (como aves ou répteis) podem seguir normas diferentes, então é sempre importante verificar as exigências específicas do país de destino com antecedência.
No caso dos cães, o documento tem validade de até 5 dias a partir da emissão. Já para os gatos, o prazo é um pouco mais folgado: até 10 dias.
Ou seja, não vale deixar para emitir em cima da hora. Quanto mais perto da viagem o CVI for feito (respeitando os prazos), melhor!
Documentos e requisitos para emitir o CVI EUA
Agora chega o momento de separar a papelada, então bora com um checklist básico para não esquecer nada.
Carteira de vacinação do animal
É essencial comprovar que o pet está em dia com as vacinas obrigatórias.
No caso dos cães, a vacina antirrábica é um dos itens indispensáveis, aplicada com antecedência mínima de 30 dias e validade dentro do período exigido.
Para gatos, também há exigência de vacina antirrábica, dependendo do estado americano.
Exames ou laudos específicos (caso o país solicite)
Em alguns casos, exames complementares podem ser exigidos. Nos Estados Unidos, as exigências podem variar conforme o estado de destino.
Portanto, vale sempre conferir as regras locais ou falar com um veterinário especializado em viagens internacionais.
Informações do tutor e do pet
Nome, raça, idade, número do microchip (se tiver), endereço no Brasil e destino final nos EUA. Tudo isso será solicitado na Passo de preenchimento da solicitação.
Onde conseguir o CVI para seu pet
Todo o processo de solicitação do CVI EUA é feito por meio do sistema online do MAPA. E não precisa pagar nada por isso, pois o serviço é gratuito. Veja como fazer:
Passo 1: cadastro da solicitação
Acesse o site oficial do MAPA e inicie uma nova solicitação, informando o destino (Estados Unidos), os dados do tutor e do pet, além dos documentos exigidos. Tudo isso é feito pelo sistema Vigiagro.
Passo 2: análise da solicitação
Depois de enviada, a solicitação vai para um Auditor Fiscal Federal Agropecuário da unidade da Vigiagro da sua região.
Ele pode aprovar diretamente ou solicitar correções, caso haja algum dado faltando ou fora do padrão.
Passo 3: emissão do CVI
Após a aprovação, o auditor gera o CVI EUA em formato digital (PDF), com assinatura eletrônica.
O documento vem com um código de verificação que pode ser conferido na entrada dos EUA. O tutor imprime o certificado e leva com ele no dia da viagem.
Tempo médio de conclusão? Cerca de 48 horas. Ou seja: é rápido, desde que a documentação esteja certinha desde o início.
Dicas extras para preparar seu pet para uma viagem internacional
O CVI EUA é só uma parte da jornada. O ideal é preparar o bichinho com antecedência para evitar estresse, tanto para ele quanto para você.
Escolha a caixa de transporte com cuidado
O pet vai passar algumas horas ali dentro, então o espaço precisa ser confortável, com ventilação adequada e espaço para ele virar o corpo sem dificuldades. Ah, e a caixa precisa ser aprovada pela companhia aérea.
Faça um check-up antes da viagem
Mesmo que o animal esteja saudável, uma consulta pré-viagem é importante. O veterinário pode indicar calmantes naturais, protetores gástricos ou outras recomendações úteis para o voo.
Alimente com antecedência e evite exageros
Nada de barriga cheia demais antes de embarcar. O ideal é oferecer alimento cerca de 4 a 6 horas antes da viagem, e manter água fresca até o último momento possível.
O que fazer caso não consiga levar o seu pet?
Infelizmente, nem sempre o pet consegue embarcar junto. Pode ser por problemas de saúde, falta de tempo para emissão do CVI EUA ou até por limitações da companhia aérea. E aí, o que fazer?
- Deixe com alguém de confiança: nada como contar com aquele amigo, familiar ou pet sitter de confiança para cuidar do pet enquanto você viaja. O importante é manter a rotina dele parecida com a de casa;
- Pense em adiar a viagem do pet: se o problema for só o CVI, vale deixar o pet ir depois com alguém que possa acompanhá-lo ou até contratar um serviço especializado em transporte internacional de animais;
- Consulte um hotel pet-friendly: para viagens rápidas, hotéis ou creches para pets também podem ser uma boa solução. Muitos locais oferecem acompanhamento veterinário e monitoramento por vídeo em tempo real.
Pet pronto, documentos na mão e boa viagem
O CVI EUA pode parecer só mais uma burocracia, mas ele é essencial para garantir uma viagem tranquila com seu pet.
Além de ser um documento obrigatório, ele mostra que você está cuidando da saúde e bem-estar do seu melhor amigo até na hora de embarcar.
Com as etapas bem organizadas, tudo flui com leveza. E, no fim, o mais importante é viver essa experiência ao lado de quem você ama, mesmo que esse “quem” tenha quatro patas e ronque no avião.